segunda-feira, 29 de março de 2010

Mudanças: um processo de relação comunicacional entre organização e funcionários



CHAGAS, Daiana Weber



           Assim como, as borboletas, muitas vezes os funcionários iniciam o seu ciclo dentro de um casulo, tornam-se “lindas”, exuberantes, brilhantes e encantadores, como as borboletas. Mas, assim como elas, podem voltar ao casulo novamente, isso depende de cada um, continuar borboleteando, ou não. Muitos profissionais deparam-se ao longo de seu trajeto com situações de mudança, fases, trocas, novos ambientes e cada qual tem seu ritmo de adaptação. Estas mudanças propõem ao profissional a adequação ao novo ambiente, para que este possa crescer. Em alguns casos, isso pode não acontecer, pois o profissional, funcionário, pode são se adaptar e até mesmo rejeitar a mudança. É importante para a organização que seus profissionais cresçam conjuntamente, mantendo-se assim um ciclo.
         As mudanças são fases constantes em uma organização e na vida dos profissionais, funcionários, sendo proposta a cada mudança organizacional novas oportunidades e desafios. Desde que um profissional inicia suas atividades em uma organização e, após serem superadas as fases de adaptação, este deve se preparar para novos desafios. Propor mudanças e adaptar-se as oportunizadas pela organização. Este deve, também, receber estimulo para traçar novas metas, novos objetivos, juntamente aos da organização.
         O processo de maturação das borboletas é o mesmo processo de um profissional sofre ao se qualificar e entrar em uma organização e, é no cotidiano que este irá trabalhar os processos adquiridos no período de “casulo” e “mutação”. E como para as borboletas, passamos por fases, mutações, adquirimos dons, aperfeiçoamos e enfim deixamos de ser lagartas e usufruímos então nossas potencialidades, nos tornamos borboletas prontas para voar.
          A mudança organizacional faz parte do cotidiano da organização, onde existem pessoas voltadas à execução de um objetivo comum. Neste momento, as emoções das pessoas, as trocas que se estabelecem, os pactos e os silêncios são compartilhados. Nesse borboletear que nascem brilhantes idéias para a inovação, solução de problemas ou até mesmo, mudanças de rumos na organização. Surgem resistências ou rejeição das pessoas diante as mudanças. Trabalhar os conflitos e resistências, reconhecer e valorizar os sentimentos e as emoções dos sujeitos em relação ao seu trabalho é, enfim, os objetivos deste trabalho.
           As mudanças organizacionais podem influenciar no sucesso ou na “morte” de organizações. Pois, as mudanças atingem os sentimentos das pessoas em relação à organização. Assim como, as borboletas, as maiores possibilidades estão nas nossas forças e fraquezas. A existência é mutável nos períodos de maior estabilidade, afinal, ela própria é pulsação criativa. Ou seja, estamos constantemente sofrendo mudanças, através do ambiente que estamos inseridos.
          A visão que temos do mundo é através da experiência profissional, pois a vivência é o ponto central na aprendizagem e compreensão do mundo. As experiências adquiridas durante a fase de profissionalização são articuladas as necessidades da organização. As habilidades de cada um são diferentes, as possibilidades em cada fase são únicas. A percepção das emoções diante as mudanças, são uma forma de estimular a organização.
         As experiências adquiridas fora das organizações podem contribuir para as mudanças organizacionais. Mas as experiências sempre são novas, cada um tem e inventa o seu trajeto. Assim como as borboletas, as organizações devem conhecer e impulsionar ações e relações sensíveis aos seus profissionais. Onde, estes depositem confiança na organização e participem das fases e no desenvolvimento.
        A comunicação organizacional, aproxima e integra os públicos aos princípios e objetivos centrais da empresa, numa permanente relação de troca com o ambiente. A comunicação faz parte das relações e dos processos de mudanças dos funcionários, adaptam-se as novas situações de organização, compreende e aceita trocas, para vivenciar novas fases. “O processo de mudança, é o lócus da prática comunicacional, sendo impossível à existência de um sem o outro”. (REIS, 2004. p52). O trabalho da comunicação na organização é o de levar possibilidades e sentido para os grupos presentes, a fim de adotarem atitudes de envolvimento e participação.
        Antes mesmo de se propor mudanças, é preciso perceber que as pessoas fazem parte do ambiente organizacional. A adaptação destas as mudanças pode influenciar tanto positivamente como negativamente a organização.
        No momento em que as características humanas são incorporadas organização, elas já definiram andares que estimulam e envolvem os funcionários. Conversas entre trabalhadores não são mais vistas como dispendiosas, e sim como aprendizagem. A capacidade de novos “vôos”, ou de aumento de produtividade, mudanças podem ser instituídas e constituídas, basta planejar o vôo e borboletear. Neste planejar de vôo, a passagem por fases, mostra interação com o ambiente organizacional e a importância de se implantar dinâmicas que proporcionem o processo de mudanças e as ações de relações.
        A realidade são perspectivas articuladas constantemente pelas emoções e pelos afetos. A existência das oscilações humanas impulsiona e fortalece as transformações organizacionais. As organizações não são fixas porque são reconhecidas por relações. As mudanças estão presentes em cada instante da organização e cabe a elas envolver administradores e funcionários em um mesmo ideal. Cabem também as organizações, perceber que o sucesso administrativo está na percepção das conexões emotivas. Pois, mudanças organizacionais acontecem efetivamente com as transformações dos comportamentos, das atitudes, das visões. Os valores impulsionam a mudança gerencial e as fases de reinvenção s adaptam às variáveis do ambiente organizacional. Os fatores econômicos, políticos e humanos atuam conjuntamente.
        Portanto, estimular a comunicação entre funcionários e organização, permite que aconteçam trocas e principalmente mudanças. Novos vôos devem acontecer a todo instante dentro de uma organização e esta deve permitir e motivar que estes aconteçam. Cada funcionário carrega consigo o seu casulo e, é dentro dele que se formam as idéias, opiniões, estratégias, potencialidades e a sua produtividade. Enfim, tudo que ocorre parte deste principio, ou seja, todos poderão ser um dia borboletas. O tempo e a intensidade do vôo depende do esforço de cada um, mas a motivação depende de todas borboletas que fazem parte do mesmo jardim, a organização.

Referência: SCHUCH, Melina Moraes e ZEN, Ana Maria Dalla. O Borboletear nas Organizações: a Dimensão Sensível da Mudança Organizacional.

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