CHAGAS, Daiana W
Muito se tem falado em processo comunicacionais e principalmente na importância de se estabelecer políticas de comunicação, através das relações públicas nas organizações. Ao trabalharmos a comunicação organizacional nas empresas de 2009, implica principalmente planejar uma comunicação de forma integrada. Isso, ocorre devido à globalização mundial em que vivemos e os reflexos da crise, bem como a introdução crescente de meios tecnológicos dentro das organizações. O relações públicas, portanto assume um papel neste contexto extremamente estratégico, gerenciando e promovendo a comunicação organizacional. Com isso, a comunicação organizacional não pode ser considerada apenas um instrumento estratégico, sob a perspectiva da oficialidade.
A comunicação integrada é a união do trabalho de comunicação institucional, da comunicação mercadológica, da comunicação interna e da comunicação administrativa, que foram o mix, o composto da comunicação organizacional. Esta integração de trabalhos, bem como de profissionais, possibilita ações estratégicas e táticas de comunicação mais pensadas e trabalhadas com vistas na eficácia.
Para Kunsch (2003), as tecnologias, não só facilitam o processo de comunicação, mas revolucionam o meio. Assim, se faz necessário políticas de relações públicas. Pois, a comunicação organizacional deve constituir-se num setor estratégico, agregando valores e facilitando, por meio de relações públicas, os processos interativos e as mediações da organização com os seus diferentes públicos, a opinião pública e a sociedade em geral.
Baldissera (2002), diz que, a comunicação formal mantém uma relação direta com a necessidade de informação e comunicação da organização e públicos, visando objetivos organizacionais. Segundo ele, a comunicação informal não pode ser planejada pela organização. Devido a potencializarão da comunicação informal que esta constantemente sujeita aos avanços tecnológicos. As tecnologias reconfiguram a comunicação formal e informal nas empresas, redefinindo as noções de espacialidade e temporalidade. As novas tecnologias, tais como internet, telefones celulares, notebooks e microcâmaras, redesenham os espaços da comunicação informal e redefinem os procedimentos estratégicos. As tecnologias também permeiam aos públicos romper com barreiras espaços-temporais.
Para Kunsch (1999), importância da comunicação integrada, que reside principalmente no fato de ela permitir que se estabeleça uma política global, em função de uma coerência maior entre os diversos programas comunicacionais, de uma linguagem comum de todos os setores e de um comportamento organizacional homogêneo, além de se evitarem sobreposições de tarefas. A eficácia nas organizações passa pela valorização das pessoas como indivíduos e cidadãos.
A comunicação institucional procura construir a credibilidade da organização, tendo como proposta básica a influência político-social e a criação e consolidação de sua personalidade. A comunicação mercadológica compreende toda manifestação gerada em torno dos objetivos de vendas de uma organização. Estando vinculado ao marketing de negócios, à propaganda comercial, à promoção, às feiras e exposições, ao merchandising, à demonstração pessoal e a outras práticas que utilizam mensagens persuasivas. A comunicação interna visa propiciar meios para promover maior integração dentro da organização, compatibilizando os interesses desta e dos empregados, mediante o estímulo ao diálogo, à troca de informação e experiências e à participação de todos os níveis. A comunicação administrativa é a que se relaciona com os fluxos, os níveis e as redes formal e informal de comunicação, que permitem o funcionamento do sistema organizacional. É através de uma gestão estratégica, que o relações públicas, pesquisa, diagnostica, planeja a comunicação, administra e pensa ações.
A gestão da comunicação organizacional se faz através de políticas de relações públicas, que devem estar voltadas para a comunicação interna e externa. Como afirma Kunsch(2003), a área de relações públicas, dentro de uma concepção moderna, tem um papel importante na “administração da percepção” e da leitura do ambiente social. A importância da comunicação interna pode ser analisada do lado dos empregados e do lado das organizações. A comunicação interna deve contribuir para o exercício da cidadania e para a valorização do homem. A comunicação interna permite que os colaboradores estejam bem informados e a organização e a organização antecipe respostas para suas necessidades e expectativas. Isso ajudará a mediar os conflitos e a buscar soluções preventivas.
Em uma assessoria de comunicação integrada, gerenciam-se projetos e ações de comunicação institucional, mercadológica, administrativa, jornalismo, relações públicas, publicidade, assessoria de imprensa, imagem corporativa, editoração multimídia, identidade corporativa, marketing, que visam uma boa gestão de comunicação organizacional e integrada. Para, kunsh(1999), as relações públicas, no composto da comunicação integrada, desenvolvem principalmente o que di respeito à formação de públicos e ao seu relacionamento com as organizações. Para isso, valendo-se de todas as técnicas disponíveis e enfrentamento as diversas faces do processo de planejamento, buscam as melhores estratégias para cercar todos os públicos, complementando muitas vezes até mesmo a atividade de propaganda, que procura atingir o público-alvo de forma massiva. As relações públicas, pelo fato de trabalhar com uma grande variedade de públicos, sente a necessidade de usar uma comunicação dirigida a cada um deles. Dependendo do público, usa-se um veiculo determinado, com linguagem apropriada e especifica.
Sua função essencial é administrar e gerenciar a comunicação das organizações com os seus diferentes públicos, com vistas à construção de uma identidade corporativa e de um conceito/imagem institucional positiva diante à opinião pública e á sociedade em geral. Com base em pesquisas e em planejamentos de comunicação e de relações publicas, encontrar as melhores estratégicas comunicaionais para prever e enfrentar as reações dos públicos e da opinião pública. As relações públicas, enquanto atividade profissional, trabalha com questões que dizem respeito à visibilidade interna e externa, bem como à construção da identidade corporativa das organizações.
Assim, o profissional deve ter: a capacidade de aprender e reaprender; saber lidar com ambigüidade; ter pensamento estratégico; capacidade de inovação e principalmente atuar na perspectiva de comunicação integrada. Além de buscar o equilíbrio entre o interesse da organização e o interesse público.
Referência Bibliográfica
Kunsch, Margarida Maria K. Relações Públicas a filosofia da comunicação integrada. In: Planejamento de Relações Públicas na Comunicação Integrada. São Paulo: SUmmus. 2003.
BALDISSERA, Rudimar. Comunicação total, excelente, integrada: A (re)afirmação do óbvio. Texto apresentado na XXV Intercom, Salvador, 2002.
Kunsch, Margarida Maria K. Gestão Integrada da comunicação organizacional e os desafios da sociedade contemporânea. In: Comunicação e Sociedade. São Bernardo do Campo/UMUSP, nº 32,1999, PP.69-88.
Parabéns pelo material enriquecedor disponibilizado em seu blog. Sou aluno do 5º período de Comunicação Social com habilitação em Relações Pública.
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