quarta-feira, 23 de junho de 2010

DE olho na IMAGEM..... na REDE!!!!!

      CHAGAS, Daiana Weber
         Engraçado, mas quando falamos em imagem a primeira coisa que nos vem em mente é a imagem física de uma pessoa ou de algo imóvel, no caso de empresas, a estrutura da instituição ou seus produtos. Em um segundo momento, imagem nos lembra marca, formas como observamos e vemos algo. E finalmente a “imagem”, ou seja, a reputação e a identidade que temos, que criamos e que a mídia e as redes sociais estão idealizando, julgando e apresentando a milhões de internautas. Então, fiquem de olho e cuidado, a imagem GROTESCAMENTE falando, é tudo!!!!
         Uma forma de "ficar de olho" é através da auditoria de imagem. No Brasil e até mesmo em Santa Maria existem empresas e profissionais especializados. Há diversos critérios que podem ser utilizados para auditoria de imagem de mídia por uma empresa na Internet. A auditoria de imagem, após o “boom” das redes sociais, tornou se uma “dor de cabeça” para muitas empresas, pois há inúmeras formas da empresa estar na rede, não sendo necessariamente em site de noticias.
        A imagem e a reputação das organizações constituem-se fatores de grande valor e precisam ser constantemente monitorados. Mas monitorá-los se tornou algo extremamente complicado, pois a Internet oferece a oportunidade a milhões de internautas de exporem suas opiniões de inúmeras formas. Mas as organizações devem ter elencados através de pesquisa e conhecimento de sites de opinião pública, para assim mensurar a sua imagem. Isso depende de organização para organização, ou de pessoa para pessoa. Mas apenas conhecer o que esta sendo postado não adianta para uma auditoria, cada organização deve elencar suas formas de auditoria e de avaliação de imagem.
          Por exemplo, se estou auditando a imagem de uma pessoa pública: mensurar imagem através de sites de informação mais relevantes, site de informação, site de “fofocas”, blogs, paginas pessoais (site, orkut, blog, etc). O que mensurar e, de que forma serão avaliados pelo profissional (RP) de acordo com a pessoa a ser analisada, sua profissão e o que se deseja trabalhar com esta auditoria.
         Além de estarem atento “DE OLHO” nas redes sociais (que incluem o Orkut, o Facebook, o Twitter, blog e os grupos de discussão). As organizações ou as pessoas públicas, deveriam ter uma pessoa especializada ou uma empresa para fazer a auditoria de imagem. Vale lembrar que nem tudo que é postado e dito na internet tem relevância. Assim, a empresa/organização deve ter no mínimo o conhecimento de 3 fontes de informação pela internet. Caso a empresa não possuir profissionais, nem uma assessoria, deve ao menos pesquisar constantemente na web o que esta sendo postado nos sites e nas redes sociais. Lembrem-se: responder as criticas dos jornalistas nem sempre é uma boa estratégia.
          O Clipping diário dessas informações é o primeiro passo para a mensuração da imagem e para posteriormente o planejamento da imagem e ações de comunicação.

Dicas e mensurar informações nas redes sociais:

As comunidades no Orkut: muitas empresas possuem comunidades positivas e outras negativas. Como, por exemplo, “eu odeio empresa tal”. Através das opiniões postadas no Orkut é possível pensar em estratégias que atendam a este público. Assim é importante acompanhar as comunidades criadas no Orkut. A empresa pode ter uma comunidade oficial e responder os clientes sobre duvidas e sugestões.

Twitter: è o meio de comunicação extremamente veloz! Dinâmico e critico! Portanto, muito cuidado!! As empresas devem estar atentas as informações postadas no twitter, sua forma e mensuração torna-se difícil, em vista que o clipping diário não seria o suficiente, pois muda muito em hora em hora. Mas, mesmo assim as empresas, os comunicadores e os responsáveis pela auditoria de imagem devem caso seja necessário elencar ferramentas para a auditoria deste meio. O Twitter pode ser mensurado através da ferrramenta: Search Twitter. Atenção: um profissional especializado é o mais indicado para gerenciar esta ferramenta.

Blogs: são grandes formadores de opinião. Pois muitos são criados por pessoas que por não poderem publicar na mídia tradicional, optam por um meio alternativo e muito perigoso nos dias atuais. Os blogs devem ser rastreados e acompanhados pela empresas. Cada organização conforme o seu setor e deve elencar determinados blogs para a sua auditoria, ou temas. A auditoria nos blog pode ser feita em sites de busca, através do uso de expressões, assuntos e palavras. A mensuração dos blog pode ser através da ferramenta Technorati.

DICA DE LIVRO !!!!!! Mobilização Social: Um modo de construir a democracia e a participação.







TORO A, José Bernardo. WERNECK, Nísia Maria Duarte. Mobilização Social: Um modo de construir a democracia e a participação. Belo Horizonte: Autêntica, 2004




"Uma sociedade é democrática e produtiva quando todos os que dela participam podem fazer competir organizadamente seus interesses e projetar coletivamente novos futuros"
(Toro e Werneck, 2004, p.29)

Comunicar para MOBILIZAR cidadãos!!!

"os órgãos públicos buscam estreitar relacionamentos com os mais diversos públicos, mas mobilizá-los tem se tornado um objetivo cada vez mais necessário."

CHAGAS, Daiana Weber



        O cidadão possui a capacidade de transformar, de lutar por ideais e mudar realidades. Esse potencial de transformação é à base de todo o processo de mobilização social. A iniciativa de promover a participação das pessoas significa colocar nas mãos de muitas pessoas o poder de decidir o futuro de uma sociedade. Comunicação e mobilização fazem parte de um mesmo processo, pois é conjuntamente que estimulam e convocam pessoas a participar. Assim, é preciso deixar a individualidade e agir coletivamente.
        Para que o Poder Legislativo seja transparente e democrático é necessário que os cidadãos participem e opinem. Segundo Toro e Wenerck (2004, p. 21) cidadão é a pessoa capaz de criar ou transformar, com os outros, a ordem social, a quem cabe cumprir e proteger leis que ele mesmo ajudou a criar. Para a efetivação deste propósito existe a necessidade de mobilização por parte dos públicos de interesse, cidadãos. Para isso, o cidadão precisa ser mobilizado com ações de comunicação. De acordo com Duarte (2007), a possibilidade de o cidadão ter pleno conhecimento da informação que lhe diz respeito, inclusive aquela que não busca por não saber que existe, a possibilidade de expressar suas posições com a certeza de que será ouvido com interesse e perspectiva de particular ativamente, de obter orientação, educação e diálogo (2007, p.64).
            Toro, afirma que mobilização é a convocação de vontades para atuar na busca de um propósito comum sob uma interpretação e um sentido compartilhado (2005, p 91). A mobilização é realizada com base no diálogo com o objetivo de atingir o interesse público. Mobilizar pessoas, grupos, entidades, sindicatos, associações, autoridades, estudantes, significa realizar e questionar a democracia e a cidadania a qual todos possuem por direito.
            O processo de mobilização, não é simplesmente comunicar ou divulgar, mobilizar é muito mais que propaganda, exige ações estratégicas de comunicação, através de relacionamentos com comunidades e pessoas, com diálogo e conversas informais, por exemplo. A mobilização acontece no dia a dia, no corpo a corpo, na troca de conhecimentos e informações. O processo de mobilização não acontece sem ter um motivo ou espontaneamente, surge da iniciativa de alguém que mobiliza um grupo e questiona uma causa ou um fato.
            Assim como Mafra (2006), Toro e Werneck (2004) também justificam a mobilização através do diálogo e a convocação de vontades. Porém o processo de mobilizar cidadãos e atingir o interesse público, ou seja, o interesse de grupos, movimentos de uma sociedade pode ser facilmente confundido com eventos públicos e não com ações de mobilização social. Para Toro e Werneck (2004) a mobilização:
É muitas vezes confundida com manifestações públicas, com a presença das pessoas em uma praça, passeata, concentração. A mobilização ocorre quando um grupo de pessoas, uma comunidade, ou uma sociedade decide e age com um objetivo comum, buscando, quotidianamente, resultados e decididos e desejados por todos(2004, p.13).
             Muitos movimentos são guiados pelo intuito de mudança. A coletivização é que da estabilidade ao processo de mobilização social. Segundo Toro e Werneck (2004, p.57), a comunicação é um dos importantes instrumentos de coletivização. Para os autores uma das formas de se alcançar a coletivização é através da circulação de informações, da divulgação do que está acontecendo nas diversas frentes. Mobilizar significa a união de pessoas com o objetivo e dialogar e coletivizar interesses, com isso conquistar mudanças. Mobilização para Toro e Werneck (2004) como já afirmado é convocar vontades para atuar na busca de um propósito comum, sob uma interpretação e um sentido também compartilhados.
          Mobilizar faz parte de um processo educativo que cativa para a participação de diversas e diferentes pessoas, de diferentes classes em torno de um objetivo em comum. O objetivo de mobilizar é gerar o envolvimento das pessoas de uma forma organizada, pois mobilizar não é apenas cativar pessoas para resolver problemas ou emergências. As mudanças acontecem de fato se as pessoas (sociedade) se mobilizam em torno de um projeto de futuro coletivo, visando o interesse de muitos. Conforme Toro e Werneck (2004, p.68) através da divulgação dos propósitos da mobilização e das informações e dados que justificam seus objetivos, a comunicação social contribui para ampliar as bases do movimento, dando-lhe abrangência e pluralidade.
        Conforme Matos (2007, p. 43) ao estimular o surgimento de ocasiões que propiciem a participação pública em debates de assuntos de interesse coletivo, ela amplia as iniciativas para democratizar o acesso do cidadão à informação. Uma forma de o cidadão exercer esta participação é através das audiências públicas, na qual é possível efetuar uma decisão política com transparência e principalmente legitimar os processos administrativos. Em relação à busca pela transparência e o exercício da cidadania, o órgãos públicos devem comunicarem-se com a sociedade, ou seja, para Brandão (2007) compreender a comunicação pública com um processo comunicativo nas instâncias da sociedade que trabalham com a informação voltada para a cidadania (2007, p.05).
            No Poder Legislativo este processo é aberto a todos os cidadãos que desejam se manifestar e participar dos debates. Assim, a comunicação viabiliza o direito social coletivo e individual ao diálogo, à informação e expressão, relacionadas a temas de interesse públicos. A CMVSM é um espaço público, local onde deve existir a troca de informações, debates, discussões, as quais promovam e atendam as necessidades do cidadão. O debate público é ressaltado por Mafra (2006, p.76) como a importância fundamental do uso público da razão e da importância do debate público para que os sujeitos possam, de forma coletiva, chegar a acordos sobre situações que afetam a todos.
           De acordo com Toro e Werneck (2004, p.13) a mobilização ocorre quando um grupo de pessoas, uma comunidade ou uma sociedade decide e age, com um objetivo comum buscando, quotidianamente, resultados decididos e desejado por todos. Neste sentido Toro e Werneck (2004, p.41) afirmam que um processo de mobilização social surge quando uma instituição decide começar um movimento no sentido de compartilhar um imaginário e o esforço para alcançá-lo. Mobilizar pessoas, grupos, associações, políticos, lideranças é um processo importante para a realização das audiências públicas. Conforme Mafra (2006, p.33), para estimular uma determinada esfera pública para o debate, no qual é estabelecido um processo comunicativo de caráter racional e interlocutivo às vezes è necessário que outros tipos de conversações sejam estabelecidos, motivados, por exemplo, por meio de apelos emocionais e ações espetaculares.
            A mobilização contribui para a consolidação de uma participação cidadã nas políticas públicas. Conhecendo os anseios da sociedade e as ações do poder público. Atuar em busca de um melhor relacionamento entre cidadão e instituição é uma função constante de Relações Públicas que atua diariamente com questões de interesse público.


Referencias Bibliograficas:


BRANDÃO, Elizabeth Pazito. Comunicação Pública, esfera pública e capital social. Comunicação Pública: Estado Mercado, Sociedade e Interesse Público/ Jorge Duarte, organizador. São Paulo: Atlas, 2007


DUARTE, Jorge. Instrumentos da Comunicação Pública. Comunicação Pública: Estado Mercado, Sociedade e Interesse Público/ Jorge Duarte, organizador. São Paulo: Atlas, 2007


MAFRA, Rennan. Entre o espetáculo, a festa e a argumentação: mídia, comunicação estratégica e mobilização social. Belo Horizonte: Autentica, 2007


MATOS, Heloiza. Comunicação Pública, esfera pública e capital social. Comunicação Pública: Estado Mercado, Sociedade e Interesse Público/ Jorge Duarte, organizador. São Paulo: Atlas, 2007


TORO A, José Bernardo. WERNECK, Nísia Maria Duarte. Mobilização Social: Um modo de construir a democracia e a participação. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.


TORO, José Bernardo. A Construção do público: cidadania, democracia e participação. Editora Senac Rio. Rio de Janeiro, 2005.